SERÁ QUE A MALDADE ESTÁ MESMO NOS OLHOS DE QUEM VÊ. TIRE SUAS CONCLUSÕES!!!


Os últimos dias estão agitados para os entusiastas da social media de plantão, e um dos posts discutidos recentemente foi o “chupar, morder ou lamber”, da marca de pirulitos Chupa Chups.
A primeira vista, o conteúdo parece usar de conotação sexual, ter duplo sentido e ser ofensivo para as crianças, seu público-alvo. Epa, calma ai; quem disse que o target da marca é as crianças?
É a mesma coisa que acontece com os desenhos. Os brasileiros estão tão acostumados que animações são para crianças, devido à indústria americana, que acham que os animes japoneses surtem o mesmo efeito. Mas quem conhece um pouco da cultura oriental sabe que não; há animes para crianças, adolescentes, adultos, homossexuais, etc. O caso aqui é parecido: já temos enraizado em nossa mente que o pirulito é um produto para crianças, então achamos que isto não pode ser visto de outra forma. Ledo engano.
Quem se dispor a stalkear a fan page da Chupa Chups Brasil, vai perceber que todo seu conteúdo parece ter duplo-sentido, além do título de capa: não leve a vida tão a sério. Leia de novo: não leve a vida tão a sério. Do lado, uma adolescente moderninha e hipster sensualizando (ou não) com um pirulito. Acho que está na cara que todo o conteúdo e identidade visual da página é voltado ao público jovem: cores fortes e atrativas, frases que precisam de uma sacada sutil que crianças não entenderiam. E vamos combinar, criança até tem perfil no Facebook, mas é minoria.
Esclarecido o target, chega o segundo questionamento: “eu nunca vi esse tipo de comunicação da marca nas mídias tradicionais, e isso está me deixando confuso. Afinal, qual é o posicionamento de marketing deles?”. Para tentar responder essa pergunta, resolvi dar um Google no assunto, e descobri algumas coisinhas.
O slogan “Não leve a vida tão a sério”, ou “Life less serious” é global. Tem mais: o produto foi reintroduzido no Brasil em 2011, utilizando apenas forte presença nos pontos de venda e apoio das redes sociais. A Perfetti Van Melle, indústria que trouxe o produto, afirma:
“A estratégia da Perfetti Van Melle é conquistar os consumidores teen e o público de jovens adultos, uma vez que a categoria ganha cada vez mais espaço no ritual das baladas. “O pirulito, hoje, atribui uma imagem descolada, irreverente e descontraída aos consumidores, tanto que deixou de ser associado exclusivamente à infância. No Brasil, como na Europa, é comum o consumo do produto em festas e baladas”, acrescenta. Essa moda segue uma tendência europeia, quando o produto passou a ser consumido em festas de música eletrônica. No Brasil, ela ganhou fôlego também com as festas de temática dos anos 80, associadas à infância, fazendo com que muitos adultos e jovens redescobrissem o pirulito.”
Segundo o site Brasil Alimentos, o público-alvo definido pela empresa é de 12 a 30 anos. Também não há nada de errado com a comunicação, afinal, ela segue os padrões internacionais da Chupa Chups. No canal oficial do Youtube, dá para ver que todos os vídeos usam jovens, especialmente em clima de paquera. Claro que este tipo de comercial seria denunciado ao Conar em sua primeira exibição, por isso não temos esse tipo de propaganda diferenciada por aqui.
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